Este estudo tem o objetivo
geral de mostrar como a Amazônia Brasileira tem sido alvo da cobiça
internacional desde seu descobrimento pelos espanhóis, passando pela ocupação
portuguesa até os dias atuais, destacando que os genuinamente brasileiros nunca
foram beneficiados com suas riquezas naturais e projetos institucionais de
desenvolvimento.
Para elaboração deste foi
feita uma densa pesquisa bibliográfica e consultas on-line em Portais das
cidades do Pará e sites de turismo, documentos das prefeituras e atas das
igrejas, mediante a compilação e cruzamento de dados e resenhas de obras de
autores paraenses, tais como: ARTHUR CESAR REIS (1965); FRANCISCO GUERRA
(2004); BENEDICTO MONTEIRO (2005) e NELSON RIBEIRO (2006). Também foram
realizadas consultas em sites portugueses sobre as famílias colonizadoras do
nordeste e norte do Brasil, principalmente sobre a ocupação da Amazônia pelos
ilhéus açorianos, também por emigrantes de Cabo Verde e da Ilha da Madeira
destinado a colonizar as áreas vazias da Província do Grão-Pará e Maranhão.
A intenção foi reunir em um só lugar a
trajetória da ocupação da Amazônia e sua divisão geopolítica para entender as
relações administrativas dos órgãos públicos com os núcleos urbanos do interior
do Estado, que, embora os benefícios de sua arrecadação não retornem para suas
necessidades básicas, eles têm sua importância. Uns sobrevivem independentes de
políticas públicas, outros resistem na esperança de ser contemplados com dias
melhores nos programas de ação reparadora, sendo que alguns municípios ainda
existem, graças aos projetos e estratégias de desenvolvimento do governo
federal, cujas populações vivem da Bolsa Família e de salários como
funcionários públicos.
Entre os vários objetivos
específicos deste livro está a preocupação de incluir Itaituba na
historiografia do Estado do Pará, porque, apesar de ser município desde o
período imperial e importante Núcleo Urbano que participou da geopolítica do
Barão de Mauá nas estratégias de navegação fluvial e na ocupação da Amazônia, no
período da borracha, essa região do Tapajós não tem sido observada pelos
historiadores paraenses, de forma que, nem mesmo seu imenso potencial de
riquezas auríferas, de extrativismo da madeira e de empreendimentos do agro
negócio não tem sido contemplada nos Estudos Amazônicos nem na própria História
do Pará.

O propósito é destacar áreas
importantes do Estado que nem sempre são mencionadas nos livros didáticos, tais
como: Itaituba, Trairão, Caracol, Morais de Almeida, Placas, Novo Progresso,
Jacareacanga, Uruará, Rurópolis, Aveiro, Brasília Legal, Barreiras, Fordlândia,
Curi–Teçá, Pimental, São Luís do Tapajós e outras comunidades igualmente
importantes, seja por desinteresse dos responsáveis por essa história, seja por
desconhecimento dos pesquisadores do histórico das cidades e comunidades
isoladas da Amazônia Legal. Ao estudar sobre o Pará, tanto o professor quanto o
estudante depara-se com um problema de ordem político-educacional, mas que tem
resquícios da História da Educação no Brasil e da própria História do Pará.
Procurando conhecer mais sobre o Pará e suas regiões, buscam-se informações e
referenciais importantes para a reflexão crítica sobre as ações políticas e o
jogo existente nas relações sociais de todos os que se sentem comprometidos com
o futuro da Amazônia.