O adiamento do reajuste salarial dos servidores do Executivo federal
não ficará limitado a 2018. Segundo técnicos do Ministério do
Planejamento, as 23 categorias que negociaram aumentos para um período
de quatro anos também terão a correção de 2019 postergada para 2020.
Esse grupo tem 372,6 mil pessoas e inclui, por exemplo, gestores,
policiais federais, policiais rodoviários federais, auditores da
Receita, do Trabalho, médicos peritos do INSS, diplomatas, docentes e
funcionários de Banco Central, Ipea, CVM e Susep. A medida vale apenas
para os servidores civis.
A decisão de congelar os salários no ano
que vem faz parte de um pacote de redução de gastos preparado pela
equipe econômica para conseguir fechar as contas públicas. Embora o
governo tenha anunciado que vai propor ao Congresso uma mudança na Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para aumentar o rombo fiscal de 2018
de um déficit primário de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões, a conta só
fecha com receitas extras e diminuição de despesas. O adiamento em 2018
vai gerar economia de R$ 5,1 bilhões.
O reajuste médio
acertado entre as 23 categorias e o governo foi de 27,9% para quatro
anos. Para algumas carreiras, como a de policiais, o percentual chegou a
47%. Segundo os técnicos, isso significa que esses servidores
conseguiram um bom acordo, uma vez que asseguraram um ganho real (acima
da inflação) em seus rendimentos. Em julho de 2016, a expectativa de
inflação para 2017 estava em 5,4%. Este ano, ela caiu para 3,28%.
O
pacote da equipe econômica para os servidores também limita o salário
inicial do serviço público em R$ 5 mil. Esse, porém, não será o valor
para todas as categorias. Já há um entendimento dentro do Planejamento
que, em algumas carreiras, esse valor é muito baixo. É o caso, por
exemplo, de delegados, médicos e professores universitários. Nestes
caso, os salários iniciais poderiam ser mais altos, mas alinhados com os
do setor privado.
— O parâmetro será o mercado — explicou um técnico da equipe econômica
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