O presidente Michel Temer sancionou nesta quarta-feira, 9,
com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018. A LDO
estabelece as metas e prioridades do governo para o ano seguinte e
orienta a elaboração da lei orçamentária anual.
O texto
sancionado mantém a meta fiscal proposta pelo governo e prevê, para
2018, um deficit primário de R$ 131,3 bilhões para o conjunto do setor
público consolidado (que engloba o governo federal, os estados,
municípios e as empresas estatais), sendo R$ 129 bilhões para os
orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e R$ 3,5 bilhões para o
Programa de Dispêndios Globais.
A LDO estipula o aumento do
salário mínimo de R$ 937 para R$ 979. Também projeta um crescimento real
da economia brasileira de 2,5%, taxa básica de juros (Selic) em 9%, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5% no ano e o
dólar a R$ 3,40 no fim de 2018.
Esta será a primeira LDO a entrar
em vigor após aprovação do teto de gastos públicos, que atrela os gastos
à inflação do ano anterior, por um período de 20 anos.
Vetos. Um
dos vetos foi ao item que registrava que o Executivo adotaria
providências e medidas, inclusive com o envio de proposições ao
Legislativo, com o objetivo de reduzir o montante de incentivos e
benefícios de natureza tributária, financeira, creditícia ou
patrimonial. A justificativa ao veto é que “o dispositivo poderia tornar
ilegal medidas de caráter concessivo que se apresentem prementes ao
longo do exercício.”
Outro ponto vetado é o que previa que
projetos de lei e medidas provisórias relacionadas ao aumento de gastos
com pessoal e encargos sociais não poderiam ser usados para conceder
reajustes salariais posteriores ao término do mandato presidencial em
curso.
O governo argumentou que "a limitação prejudica a
negociação das estruturas salariais com os servidores dos três poderes,
impondo um marco final curto para a concessão de reajustes salariais”. O
texto lembra que muitas vezes reajustes são concedidos de forma
parcelada em mais de um exercício fiscal.
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