Atendendo a pedido do MPF (Ministério Público Federal) e da Defensoria Pública da União (DPU), a Justiça Federal de Santarém libertou hoje (10) o índio Poró Borari [foto],
preso em flagrante pela Polícia Federal ontem, acusado de manter em
cárcere privado funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena
(Sesai).
A prisão aconteceu durante uma manifestação de índios de 13 etnias da
região do Baixo Tapajós e Arapiuns, que ocuparam a secretaria em
protesto pelo direito à assistência de saúde, atualmente negado para
esses povos.
Após a ocupação da Sesai pelos índios, agentes do departamento da
Polícia Federal em Santarém chegaram ao local e acusaram Adenilson
Alves, o Poró Borari, de ser líder do movimento.
Também o acusaram de ser responsável pelo cárcere dos trabalhadores
da Sesai, apesar da secretaria estar funcionando normalmente, com os
servidores trabalhando e de portas abertas. Mesmo assim, Poró Borari foi
levado para o presídio e celulares de dois manifestantes que filmavam a
ação da PF foram apreendidos sem ordem judicial.
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