Ao ganhar um ouro surpreendente na noite de segunda-feira, Thiago
Braz não apenas entrou para o seleto grupo de medalhistas olímpicos como
garantiu algo a mais: uma recompensa em dinheiro.
Não se trata
de um pagamento obrigatório ou universal, pois não depende do Comitê
Olímpico Internacional. Mas diversos países, inclusive o Brasil,
estabelecem essa política para apoiar e estimular os atletas.
O
COB (Comitê Olímpico Brasileiro) decidiu que, neste ano, pagaria R$ 35
mil (equivalente a cerca de US$ 11 mil) aos brasileiros que subissem ao
pódio individualmente - independentemente da cor da medalha conquistada.
Já as conquistas em equipe serão remuneradas com metade do valor, R$ 17,5 mil (ou US$ 5,5 mil).
Os valores serão pagos por patrocinadores, já que o COB, por receber dinheiro público, não pode pagar diretamente os atletas.
O
pagamento, que não ocorria desde Atenas 2004, está relacionado ao
objetivo do COB de colocar o Brasil entre os dez melhores países no
ranking de medalhas.
Os valores
oferecidos para o Brasil estão entre os menores da América Latina, mas
nos outros países as medalhas de prata e bronze recebem valores mais
baixos que o ouro.
No caso do futebol, a premiação deve ser
maior na tentativa de conquistar o tão sonhado ouro olímpico. Ainda há
certa indefinição sobre o valor, mas a mídia brasileira fala em cerca de
US$ 100 mil (cerca de R$ 330 mil) para cada jogador, mesma quantia que
seria oferecida em Londres.
Mas um detalhe: é só para o ouro. Se ficarem com a prata ou o bronze, eles não ganham nada.
E
a premiação valeria tanto para o masculino quanto para o feminino, que
virou queridinho dos brasileiros nesta Olimpíada, ainda que tenha caído
na semifinal e só possa agora disputar o bronze.
Alta premiação
Assim como o Brasil, diversos outros países oferecem bônus aos medalhistas olímpicos.
O maior valor será dado por Cingapura: US$ 753 mil para
quem ganhar ouro. Pelo menos um atleta, o nadador Joseph Schooling, já
garantiu a premiação, ao vencer os 100m borboleta e ganhar a primeira
medalha de ouro na história da cidade-Estado. De quebra, ele ainda
derrotou o ídolo Michael Phelps.
Já para os italianos, uma
medalha olímpica vale US$ 165 mil (até esta quarta-feira eles já tinham
23 medalhas, 8 delas de ouro), a França US$ 66 mil (30 medalhas, 8 de
ouro até agora) e os Estados Unidos, US$ 25 mil (86 medalhas, 28 de ouro
até o momento).
Na
América Latina também há prêmios altos. O maior é mexicano: cerca de
US$ 160 mil para o ouro, US$ 109 mil para a prata e US$ 55 mil para o
bronze. Por enquanto, o país ainda não tem medalhistas.
Já os hermanos irão recompensar o ouro com US$ 75 mil -
quantia que receberá Paula Pareto, primeira mulher da Argentina a
ganhar um ouro olímpico -, prata com US$ 35 mil e bronze com US$ 25 mil.
Em busca de uma medalha olímpica inédita para a Bolívia, o
presidente Evo Morales estimpulou uma recompensa que varia de US$ 50 mil
e US$ 30 mil.
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