A
morte de Fidel Castro, o último dos líderes socialistas da escola
marxista-leninista, espargida a partir da Revolução russa de 1917, já
foi anunciada várias vezes nas redes sociais desde o seu retiro aos
bastidores da República cubana.
Ontem à noite
(25), no entanto, a morte foi anunciada oficialmente, pelo seu irmão
Raúl Castro, que em pronunciamento na TV estatal, comunicou que o óbito
ocorreu ontem (25), às 22h29m.
Desta feita,
portanto, a morte do líder revolucionário, aos 90 anos de idade, é
definitiva e com ela está selada a morte da Revolução Cubana que se
iniciou em 1953 e se consolidou com a tomada do poder em 1959.
Cuba decretou luto de 9 dias
e, conforme a vontade de Fidel, seu corpo será cremado ainda hoje e as
cinzas percorrerão a ilha até Santiago de Cuba, onde chegarão em 4 de
dezembro e serão enterradas.
Com as cinzas de
Fidel Castro encerra-se um ciclo de 60 anos da história cubana, que
começou com a partida dele do México, exatamente em 25.11.1956, no Iate
Granma, para liderar a guerrilha desde a Sierra Maestra até tomar Havana
três anos depois, em 1959.
Por ironia do destino, se constata que Fidel partiu de Cuba exatamente na mesma data (25.11) em que rumou para ela há 60 anos.
Independentemente
dos seus erros, cujo principal foi não ter conseguido, no tempo certo,
fazer a transição da Revolução, que pertinentemente instalou, para a
democracia que prometeu resgatar, Fidel Castro foi um dos poucos homens
que entraram para a história antes de saírem da vida.
Depois das exéquias voltarei, com uma postagem sobre Fidel.
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