quarta-feira, 30 de maio de 2018

EDUCAÇÃO: Enem confirma na disputa 281 mil candidatos no Pará

Resultado de imagem para ENEM 2018O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018, que será aplicado de 4 e 11 de novembro, tem 281.808 inscrições confirmadas no Estado do Pará. Esta edição tem quase 39.559 inscritos a menos do que a de 2017, que contou com 321.367 (-12,31%) candidatos confirmados. O número de candidatos para o Enem é o menor já registrado no Estado. Para efeito de comparação, em 2016 foram confirmadas 440.990 inscrições paraenses; em 2015, 369.283 e em 2014, 433.868. Os dados foram divulgados ontem, durante coletiva de imprensa na sede do Ministério da Educação.


O Pará teve o sétimo maior registro de inscrições confirmadas, atrás dos números absolutos de São Paulo (937.329), Minas Gerais (583.025), Bahia (398.490), Rio de Janeiro (383.241), Ceará (328.561) e Pernambuco (307.317). Em todo o País, a edição 2018 do Enem recebeu 6.774.891 inscrições e 5.513.662 (81,3%) participantes confirmados.
O número é mais próximo ao de participantes que efetivamente compareceram às provas no ano passado (4.714.088). De acordo com o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), essa diferença aponta o resultado positivo pelas mudanças adotadas para promover a inscrição consciente e evitar o desperdício da verba pública. Nos últimos cinco anos, a média de abstenção no Enem foi de 29%, gerando um prejuízo de R$ 962 milhões.
“Com esse valor poderíamos ter 450 creches”, afirmou o ministro da Educação, Rossieli Soares, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, no MEC. “Não podemos ter pessoas se inscrevendo para não participar das provas. Temos de combater o desperdício”. 
Esta é a primeira edição do Enem em que a solicitação de isenção de taxa foi anterior à inscrição, e que os participantes que estavam isentos e faltaram tiveram que justificar a ausência para obter novamente a gratuidade, um passo importante para melhorar a eficiência de uso dos recursos públicos, segundo o ministro. “Há prejuízo para o erário público mesmo quando o inscrito pagante não comparece às provas. A taxa de inscrição é de R$ 82, mas o custo do exame é de R$ 90”, comentou.
Dos 2.017.253 ausentes no Enem 2017, 1.692.074 (83,8%) estavam isentos. Dos 222.132 ausentes reincidentes, 206.100 (92,7%) não tinham pagado para fazer o exame. Apenas 4.345 conseguiram justificar a ausência. “Excepcionalmente este ano, durante o período da inscrição, os concluintes do ensino médio da rede pública, mesmo que não tenham passado pelo processo de isenção, foram liberados do pagamento da taxa de inscrição”, lembrou Eunice Santos, diretora de Gestão e Planejamento do Inep.
MULHERES
O Enem 2018 terá mais mulheres: 59,1% dos inscritos confirmados são do sexo feminino e 40,9%, do masculino. Os participantes com 18 anos representam 17% do total, os de 19 anos 15,9% e os de 20 anos 10,5%. Aqueles com idade entre 21 e 30 anos representam 33,8% do total. Em relação à situação escolar, 58,6% já concluíram o Ensino Médio, 29,7% são concluintes em 2018 e 10,6% concluirão após 2018, compondo o grupo dos participantes que fazem o exame com objetivo de autoavaliação, os chamados “treineiros”.
Sudeste e Nordeste concentram a maioria das inscrições, 37% e 33%, respectivamente. Norte e Sul têm 11%, cada, e o Centro-Oeste tem 8% dos participantes. São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Pará são os estados com maior número de inscritos. Desde 2017 o Enem não certifica o ensino médio, função que retornou ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Parte das pessoas que se inscreviam para o Enem para buscar o certificado do ensino médio migrou para o Encceja. Com as mudanças que implementamos este ano, esperamos a diminuição da diferença entre inscritos e participantes nesta edição do Enem”, disse o ministro Rossieli Soares.
A maioria dos participantes isentos, 39,7%, obteve o direito de não pagar a taxa de inscrição por ter cursado todo o ensino médio na rede pública ou como bolsista integral na rede privada, além de comprovar renda, por pessoa, igual ou menor que um salário mínimo e meio (Lei 12.799/13). Os concluintes do ensino médio em escola da rede pública representam 19,2% do total de isentos. Na sequência, representando 4,7% do total, estão os participantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica por fazerem parte de família de baixa renda que possua NIS e, concomitantemente, terem renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos (Decreto 6.135/07). O novo critério garantiu a isenção para 7.051 (0,13%) participantes que atingiram a nota mínima para certificação no ensino médio por meio do Encceja 2017.
O Enem oferece três tipos de atendimento –  especializado, específico e por nome social – e 15 recursos de acessibilidade. Os participantes podem solicitar mais de um atendimento e mais de um recurso de acessibilidade, desde que justifiquem a necessidade.

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