SÃO PAULO - Em quatro dias, mais de 20 mil pessoas apoiaram um
abaixo-assinado para que o goleiro Bruno não volte a jogar futebol
profissionalmente. O texto foi lançado por Vanuzia Leite Lopes, também
conhecida como Vana Lopes, fundadora da ONG Somos Todos Vítimas Unidas, e
tem apoio de Sonia Fatima Moura, mãe de Eliza Samudio. A atriz Letícia
Sabatella também já assinou a petição. Segundo Elizandra Moura, irmã do
padrasto de Eliza, Sonia está "sem chão" e "muito abalada" com a
situação, que era inesperada, além de estar temorosa com o que pode
ocorrer com o neto.
O abaixo-assinado defende que o ex-jogador seja impedido de atuar no esporte e de requerer a guarda do filho que teve com a modelo Eliza Samudio, que também se chama Bruno, de sete anos. "Jogadores são vistos como ídolos, e esse tipo de exemplo não pode ser aceito para nossos filhos. Não aceitamos esse símbolo da morte visitando nossas casas nos domingos. Agora basta ser goleiro para cometer um crime e depois ser aplaudido?", disse Vana ao Estado.
Segundo Vana, a petição não é contrária à reintegração social de Bruno desde que ele demonstre arrependimento pelo crime e que cumpra a pena de 22 anos de prisão. "A vida de uma filha não vale só seis, sete anos. Não achamos que ele deva ter uma segunda chance no futebol agora. Vários goleiros estão precisando de uma primeira chance. Esperamos que antes ele tenha pelo menos um pingo de dignidade de dizer o que aconteceu com o corpo da Eliza, ele precisa dar isso para a família dela", defende.
A Ong Somos Todos Vítimas Unidas foi fundada há cerca de quatro anos como resultado das mobilizações de Vana, que havia criado uma rede para reunir informações sobre o médico Roger Abdelmassih, do qual foi uma das vítimas e que esteve foragido entre 2011 e 2014 após ter recebido um habeas corpus. Ela não acredita que Bruno possa fugir do país, mas diz que a decisão do ministro Marco Aurélio Melo é "imoral".
Na primeira postagem da fundadora da ONG sobre a petição, Sonia, a mãe de Eliza, agradeceu o apoio e comentou sobre a situação. "Isso tudo é para se vingar de mim, pois a minha advogada ajudou na condenação dele, e para ele não pagar a pensão; sabe que vou sofrer com isso", escreveu. Segundo Vana, a renda da mãe de Eliza provém da venda de salgadinhos que ela mesmo prepara.
Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Vana chegou a se referir diretamente à atual esposa de Bruno, Ingrid Calheiros, para que ela interceda em favor da família de Eliza. O abaixo-assinado foi publicado no site Change.org com o título "Somos contra a MORTE jogar Futebol e ter a guarda do filho de Eliza Samudio".
De acordo com Vana, a petição será encaminhada pelos advogados da ONG assim que bater a meta de 25 mil assinaturas. O texto será enviado à FIFA, à CBF, ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ao Ministério Público de Minas Gerais e ao Supremo Tribunal Federal. "As vítima pararam de se curvar para beijar anéis. Juntos, vamos lutar por justiça. A justiça não pode ser chutada como se fosse uma bola ao gol", defende.
Histórico. Bruno Fernandes deixou a prisão no dia 24 de fevereiro após obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2011, ele foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo sequestro, o assassinato e a ocultação do cadáver de Eliza Samudio. A soltura foi liberada após decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que levou em consideração o fato de o jogador estar preso há seis anos e sete meses sem que sua condenação tenha sido referendada em segunda instância. A mãe de Eliza, Sonia, já entrou com recurso contra a decisão.
Atualmente, o jogador está na casa da esposa, Ingrid Calheiros, no Rio de Janeiro. Um de seus advogados, Luan Veloso Coutinho, chegou a declarar que nove times de futebol apresentaram interesse em contrarar o atleta. Contudo, ao menos dois clubes, o Bangu (RJ) e a Chapecoense (SC), já negaram a versão em suas redes sociais.
"O Bangu desconhece proposta enviada ao goleiro Bruno, conforme divulgado na imprensa", publicou a equipe em sua conta oficial no Twitter na sexta-feira, 3. Da mesma forma, a Chapecoense também se manifestou pela rede social: "Os boatos sobre a Chape e o goleiro Bruno são falsos. A Chape está muito bem representada com os paredões do elenco!", escreveu no sábado, 4.
O abaixo-assinado defende que o ex-jogador seja impedido de atuar no esporte e de requerer a guarda do filho que teve com a modelo Eliza Samudio, que também se chama Bruno, de sete anos. "Jogadores são vistos como ídolos, e esse tipo de exemplo não pode ser aceito para nossos filhos. Não aceitamos esse símbolo da morte visitando nossas casas nos domingos. Agora basta ser goleiro para cometer um crime e depois ser aplaudido?", disse Vana ao Estado.
Segundo Vana, a petição não é contrária à reintegração social de Bruno desde que ele demonstre arrependimento pelo crime e que cumpra a pena de 22 anos de prisão. "A vida de uma filha não vale só seis, sete anos. Não achamos que ele deva ter uma segunda chance no futebol agora. Vários goleiros estão precisando de uma primeira chance. Esperamos que antes ele tenha pelo menos um pingo de dignidade de dizer o que aconteceu com o corpo da Eliza, ele precisa dar isso para a família dela", defende.
A Ong Somos Todos Vítimas Unidas foi fundada há cerca de quatro anos como resultado das mobilizações de Vana, que havia criado uma rede para reunir informações sobre o médico Roger Abdelmassih, do qual foi uma das vítimas e que esteve foragido entre 2011 e 2014 após ter recebido um habeas corpus. Ela não acredita que Bruno possa fugir do país, mas diz que a decisão do ministro Marco Aurélio Melo é "imoral".
Na primeira postagem da fundadora da ONG sobre a petição, Sonia, a mãe de Eliza, agradeceu o apoio e comentou sobre a situação. "Isso tudo é para se vingar de mim, pois a minha advogada ajudou na condenação dele, e para ele não pagar a pensão; sabe que vou sofrer com isso", escreveu. Segundo Vana, a renda da mãe de Eliza provém da venda de salgadinhos que ela mesmo prepara.
Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Vana chegou a se referir diretamente à atual esposa de Bruno, Ingrid Calheiros, para que ela interceda em favor da família de Eliza. O abaixo-assinado foi publicado no site Change.org com o título "Somos contra a MORTE jogar Futebol e ter a guarda do filho de Eliza Samudio".
De acordo com Vana, a petição será encaminhada pelos advogados da ONG assim que bater a meta de 25 mil assinaturas. O texto será enviado à FIFA, à CBF, ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ao Ministério Público de Minas Gerais e ao Supremo Tribunal Federal. "As vítima pararam de se curvar para beijar anéis. Juntos, vamos lutar por justiça. A justiça não pode ser chutada como se fosse uma bola ao gol", defende.
Histórico. Bruno Fernandes deixou a prisão no dia 24 de fevereiro após obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2011, ele foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo sequestro, o assassinato e a ocultação do cadáver de Eliza Samudio. A soltura foi liberada após decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que levou em consideração o fato de o jogador estar preso há seis anos e sete meses sem que sua condenação tenha sido referendada em segunda instância. A mãe de Eliza, Sonia, já entrou com recurso contra a decisão.
Atualmente, o jogador está na casa da esposa, Ingrid Calheiros, no Rio de Janeiro. Um de seus advogados, Luan Veloso Coutinho, chegou a declarar que nove times de futebol apresentaram interesse em contrarar o atleta. Contudo, ao menos dois clubes, o Bangu (RJ) e a Chapecoense (SC), já negaram a versão em suas redes sociais.
"O Bangu desconhece proposta enviada ao goleiro Bruno, conforme divulgado na imprensa", publicou a equipe em sua conta oficial no Twitter na sexta-feira, 3. Da mesma forma, a Chapecoense também se manifestou pela rede social: "Os boatos sobre a Chape e o goleiro Bruno são falsos. A Chape está muito bem representada com os paredões do elenco!", escreveu no sábado, 4.
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