segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

INTERNACIONAL: EUA declaram guerra ao Estado Islâmico

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O Estado Islâmico (EI) chegou onde desejou com a série de atentados que vem perpetrando mundo afora, inaugurados de forma mais agressiva nos atos de terrorismo em Paris: ser referido em um pronunciamento à nação, proferido pelo presidente dos EUA.
Os ataques, a serviço do EI, do americano Syed Farook e sua mulher paquistanesa, Tashfeen Malik, na Califórnia, é mais um dos episódios do terrorismo doméstico, planejado e efetivado com a ajuda de cidadãos norte-americanos.
Obama alçou o atentado da Califórnia a nível de importância máxima a ponto de ter feito dele o tema do seu terceiro pronunciamento à nação em praticamente 8 anos de mandato, desde o salão oval da Casa Branca, local usado para emitir falas de grande gravidade. 
 
O presidente Obama aproveitou a oportunidade para reforçar a cruzada para o controle de vendas de armas nos EUA, que sofre pesada oposição do partido Republicano.
Mas Obama, com o evento da Califórnia, ganhou para a causa de controle de armas, a ajuda de um dos mais tradicionais porta-vozes dos republicanos, o jornal The New York Times, que no seu primeiro editorial de primeira página, desde 1920, manifestou-se, no sábado (5), a favor do controle da venda de armas nos EUA.
Com uma coligação de peso no calcanhar, tendo como tríplice entente os EUA, a França e a Inglaterra, e correndo por fora, mas na mesma linha, a Rússia, o EI deverá recrudescer os ataques através de agentes domésticos contra os interesses destes países, forçando-os a caça-lo em seus territórios, onde possui mobilidade tática.
Mas Obama, no pronunciamento de ontem (7), avisou que não jogará os EUA nessa arapuca: "Não deveríamos ser dragados mais uma vez para uma longa e custosa guerra no terreno no Iraque e na Síria. É isso que grupos como o EI querem".
Está entendido aí, que a guerra será de propulsão, portanto, a exemplo do que fez a França, os EUA deverão deslocar porta-aviões para o litoral da Síria, o que não será visto com bons olhos pela Rússia, tornando a região num coquetel de estresse marcial de delicado controle.

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