A história da Lava Jato com Eike Batista, o ex-bilionário que já foi conhecido como o homem mais rico do Brasil, não é de hoje, quando a Justiça mandou a Polícia Federal (PF) prender o empresário.
A
ironia do destino é que o ex-bilionário foi até a Força Tarefa da Lava
Jato para delatar um dos homens mais importantes do governo do PT. Eike levou a Lava Jato ao encalço do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
Em maio do ano passado, ele entregou uma agenda supostamente comprometedora aos procuradores.
Ela era um indício de que Eike falava a verdade: a agenda mostrava um
pedido, no dia 1.º de novembro de 2012, de R$ 5 milhões para o PT.
Essa
“solicitação” teria sido feita pelo ex-ministro ao empresário, para
repassar ao marqueteiro João Santana, em uma conta secreta na Suíça.
Em
setembro, a operação “Arquivo X” prendeu temporariamente Guido Mantega,
que acompanhava a mulher em uma cirurgia em um hospital na cidade de
São Paulo. A prisão, no entanto, foi revogada no mesmo dia pelo juiz
Sérgio Moro, dada a repercussão negativa do caso.
Além da agenda
com o registro do encontro oficial com Mantega, Eike entregou o registro
do voo usado por ele para se deslocar até Brasília.
Mas esse primeiro encontro do ex-bilionário com a Lava Jato só aconteceu após Eike também ter sido citado em uma delação.
Eduardo
Musa, ex-gerente da Diretoria de Internacional da Petrobras, área
responsável pelo contrato, até 2009, e diretor da OSX na época do fato,
apontou propinas e fraudes na licitação de duas plataformas.
O
processo da P-67 e da P-70 foi vencido pelo Consórcio Integra Offshore,
formado pela Mendes Júnior e OSX Construção Naval, antiga empresa
controlada por Eike Batista. O valor do acordo era de US$ 922 milhões e
foi assinado em 2012.
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